2 dias em Milão - Dia 1


Duomo de Milão
Duomo de Milão
Na segunda quinzena de janeiro fizemos um passeio que já vínhamos pensando em fazer por algum tempo, mas sempre acabávamos decidindo por algum outro destino e, consequentemente, adiando nossa ida à Milão.

Arthur nunca tinha ido à Itália e como eu já tinha suspirado várias vezes contando sobre a paisagem de cartão postal que vemos ao cruzar os Alpes, que conheci quando viajei para Verona e Veneza, fazer o trajeto de avião nem foi cogitado.

O tempo de viagem estimado entre Munique a Milão é de 5:30 horas, mas como nossas pequenas férias aconteceram no mês mais frio do ano, as estradas alpinas nos exigiam bastante parcimônia, pois boa parte delas estava congelada, por isso levamos 7h ao todo.

Pista e carro congelados
O trânsito milanês não foi lá muito convidativo, um engarrafamento sem fim, vespas cortando carros e pessoas (e algumas vezes calçadas), palavrões e pouco respeito à faixa de pedestres, mas vou culpar a nossa falta de sorte em chegar na cidade justo no horário de pico. 

As calçadas estavam apinhadas de carros estacionados retrovisor no retrovisor e outros em espaços que ficávamos nos perguntando como alguns motoristas haviam realizado aquela proeza.

Na hora do check in no hotel a recepcionista nos disse "a gente até tem um estacionamento, mas é muito caro, estaciona em cima da calçada mesmo que não tem problema, ninguém multa!" *** depois de ponderar sobre o assunto decidimos ir de calçada mesmo, e ali o carro ficou por 3 noites...

Chegamos no fim da tarde, mas a vontade de esticar as pernas nos levou a dar um passeio pelo Corso di Porta Ticinese. Durante o trajeto tem dois portões históricos: a Porta Ticinese (1802-1814) de estilo neoclássico, construída durante a época napoleônica; e a Porta Ticinese Medieval, originalmente construída no Séc. 12 fazia parte da muralha da Milão durante a época medieval.

Colonne di San Lorenzo
Colunas romanas - Colonne di San Lorenzo
Logo após a Porta Ticinese nos deparamos com as Colonne di San Lorenzo - colunas da época romana que estão muito bem preservadas. Ficam de frente para a Basílica di San Lorenzo, mas infelizmente não ficamos o tempo que gostaríamos para apreciar as duas construções porque o local não estava muito movimentado, exceto por um grupo que abertamente usava drogas e encarava os poucos passantes de forma nada agradável.

No dia seguinte caminhamos até a Piazza Duomo (+ ou - 2km). Nosso ficava ao lado da Porta Romana, outro dos portões de Milão... tão pertinho, mas tão pertinho que acabei não visitando. Sabe aquela história "é do lado, depois eu vou!", pois é, não fui!

Na praça mais famosa da cidade babamos na beleza da Catedral de Milão (1386) com 135 pináculos, fachada toda em mármore e estilo gótico, e logo descobrimos que ela é maravilhosa tanto por fora como por dentro. 

Dentro da Catedral nossos queixos caíram e assim permaneceram até o final do passeio. Ainda no interior do Duomo, descemos a uma parte que contém um sítio arqueológico com ruínas de uma basílica e um batistério romanos do séc. IV.

Catedral de Milão

Catedral de Milão

Catedral de Milão
Ruínas batistério romano no subsolo da Catedral de Milão
Saindo do Duomo fomos conhecer a famosa Galleria Vittorio Emanuele II (1865-1877), uma construção deslumbrante com o teto abobadado inteiro de vidro e piso de mármore, abriga as mais luxuosas marcas como Prada, Luis Vuitton, Gucci, etc.

Mas o que atrai mesmo os turistas são os brasões em mosaico representando as três capitais do reino da Itália (Turim, Florença e Roma) e o de Milão. Diz a tradição que a pessoa que girar três vezes com o calcanhar nos testículos do touro do brasão de Turim terá sorte... mas o resultado certo mesmo é de que o pobre do touro já perdeu as bolas a muitoooo tempo, porque no lugar delas tem um buraco com uns 3 dedos de profundidade...



Brasão de Turim e o Touro que dá sorte
Brasão de Turim e o Touro que dá sorte (mas teve o azar de perder as bolas)

Informações úteis:

*** Sobre estacionar nas calçadas de Milão, nós aceitamos o risco e não fomos multados, mas imagino que outras pessoas possam não ter a mesma sorte, afinal de contas parar nas calçadas é errado!!! Por isso, não sugiro que façam o mesmo que nós!

A recepcionista do nosso hotel disse que não tem "problema" estacionar nas calçadas, ou onde quer que você consiga fazer caber o seu carro, desde que a vaga não esteja marcada com uma linha amarela (apenas carros emplacados em Milão podem ocupar) ou nas vagas marcadas com a linha azul depois das 21h (quando é feita limpeza nas ruas), porque aí a multa é certa

Duomo de Milão - Informações a respeito de horário de funcionamento e tickets no Site Oficial.

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